Os Noivos e as Sacolas
Era um dia de correria para Ana e João, noivos ansiosos às vésperas do grande dia. A lista de tarefas parecia infinita: pegar o vestido, ajustar o terno, comprar itens de decoração e conferir os últimos detalhes da festa.
Carregados de sacolas que se multiplicavam a cada parada, o casal atravessava o shopping com passos rápidos e olhares atentos. Uma sacola de flores artificiais balançava de um lado, enquanto outra, repleta de velas, escapava dos dedos de João. Ana, com um buquê improvisado em uma mão e sacolas cheias de lembrancinhas na outra, tentava equilibrar o celular entre o ombro e a orelha para confirmar com o buffet.
— Será que dá para carregar mais uma? — perguntou Ana, olhando para João, que já parecia um malabarista de sacolas.
— Claro que sim... ou não. Acho que vou precisar de reforços — brincou ele, ajeitando o pacote maior debaixo do braço.
Entre risos e pequenas reclamações, os dois seguiam, equilibrando o peso e a ansiedade. Apesar do cansaço, o brilho nos olhos de ambos denunciava a felicidade de estar construindo algo juntos.
No fim do dia, cercados por sacolas espalhadas pelo chão da sala, Ana suspirou:
— É muita coisa, mas vai valer a pena.
João sorriu e segurou sua mão:
— Sempre vale, desde que seja com você.
E ali, entre flores, fitas e sacolas amassadas, os noivos souberam que estavam prontos para enfrentar qualquer desafio – até mesmo o de carregar o mundo nas mãos, desde que fosse juntos.
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